quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ultima lagrima

Uma ultima lágrima, um ultimo salto
em direção ao desconhecido
turvados pelo nevoeiro
condenados a tortura

Com um destino incerto
caminhamos com esperança

Atormentados pela dor
com a vida roubada

Sem fé só resta que o amanhã faça
renascer das cinzas o sopro da
liberdade que nos libertará desta
prisão sem grades a que nos condenaste

Somos almas perdidas cujo nosso lugar foi roubado
já não sabemos como viver já não conseguimos resistir
a corda que usaste para nos silenciar a alma
suplicamos agora por um ultimo sopro de luz

sábado, 9 de julho de 2011

Suicidio em forma de verso

De um lado eu sinto a minha alma tombar
o meu coração esvoaçar o meu corpo
cada vez mais leve as memorias esmorecerem

Tudo cada vez mais negro a natureza a desaparecer
o teu sorriso e a tua voz cada vez mais distantes

Sinto a minha alma a ser colhida a medida que
me aproximo do meu fatídico destino já nem tu
me consegues segurar eu já parti

E o meu regresso não perto nem longe
E impossível voltar desta viagem sem
regresso

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A dor e leve quando a alma não esta pesada

A dor e passageira e como se não a sentisse
Ela passa por mim e não me muda
Já a provei várias vezes ja sei como e o seu sabor

Amargo não e quente e frio como a chuva
Muitas feridas ela deixou num sofrimento
descomunal e muitas magoas ela levou
pois e com a dor que eu me tornei mais forte

Ela vive dentro de mim a espera de um
momento me tornar vulneravel
Mas ja não me importa, quem viveu
com dor vive agora com felicidade

A dor e transitoria ate encontramos os labios
quentes do amor que nos  levam aos recantos
mais profundos do ceu

sábado, 29 de janeiro de 2011

Num silencio sombrio na escuridão da noite
apenas os gritos inquietantes do teu coracao
se ouviam o medo apoderava-se de ti
como uma forca imponente

o teu rosto estava palido o teu olhar
assustado inquietante tu estas pois a
noite traz a dor consigo

A desgraca
Não existe Deus nem esperança
Todos os dias sao assim

O tempo sabe mas não quer dizer

Impotente e fragil tu observas
e cada lagrima que derramas e
menos uma gota de sangue
no teu corpo

Es pequena e pequena e
a tua forca para o impedires
es mais uma vitima que o sistema
não pode ajudar  apenas sentes
não consegues falar um silencio
escuro a boca amarada a alma
acorrentada num sufoco sem fim

domingo, 23 de janeiro de 2011

Palavras Morbidas

As palavras são como um turbilhão de emoções
Acessas e fortes elas criam muros que distanciam
os mortais ou doces como o sabor de um beijo na
tua face elas despertam emoções.

Mórbidas quando o que e proibido as acompanha
Quando o impossível se torna possível elas despertam
Irracionalidade fazem nos agir como selvagens.

Doentes e atraídos  por algo que sabemos ser
condenável mas que a forca do coração ou a
adrenalina do pecado nos leva a cometer.

Somos assim guiados por um mundo sem razão
onde o prazer e lei e os sentimentos são ao
contrario como dois opostos que se alimentam
do fruto amaldiçoado.

Devoram-no num acto que só acaba quando
o ultimo grito se houve e a respiração ofegante
para num silencio abrupto ficando assim apenas

a escuridão

sábado, 15 de janeiro de 2011

O regresso de uma tristeza

A dor que sinto em mim e dor que sinto enquanto ser
Uma dor que me consume como veneno mortal
Que faz de mim seu escravo numa busca insaciável
Por um pedaço do meu corpo

Do meu coração


Incontrolável ela vagueia  por todos os recantos
e porfundezas da minha alma com apetite que
devora todos os meus pensamentos e me transforma
num animal

Ela sabe onde eu moro
Ela sabe onde atacar


E nos sentimentos que me escondo
e la que a minha essencia flui e na
solidão que me afundo


Os meus medos, os meus segredos
e soberana pois apenas ela tem o poder
e o controlo eu sou uma marioneta

Desejo que a morte me possua
dor maior que esta não pode existir
a dor de ser abandonado

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Queimado almadiçoado pelo tempo!

Por entre a destruição
eu encontro o caminho para o amor
entre as campas e o badalar

Uma rosa na tua campa jaz
vermelha como o sangue
quente como a paixao que
ainda nasce em nós

Pálida e branca tu estás
mas eterno e o nosso amor

Por entre as tuas vestes brancas
eu procuro o teu coração
um sinal teu neste finito lugar

E junto a tua alma eu poder
dormir em paz

Oh! destino cruel porque almadiçoaste desta
forma o nosso amor
Oh! Trevas levai minha alma e trazei de volta a
dela pois cada lágrima que choro me trespassa
a alma de dor e me corroi como veneno mortal

Porque te arancaram de mim?

Oh! Solidão amarga que me condenaste a viver
nesta prisão de espelhos onde apenas a mim me vejo

Procuro te e apenas o sangue no meu rosto e o que vejo
os vidros a entranharem-se cada vez mais fundos no meu
ser e eu  perderme neste tempo sem ordem que corre ao som
do sino que não para de tocar num silencio que deixa ouvir
o teu gemido a tua suplica por um pedaço de mim.

E assim me torno  alma 
o corpo queimado e rejeitado
e neste prazer que e a eternidade te encontro
e no prazer dos ceus que nos beijamos e tocamos
a um ritmo que apenas nos conhecemos numa dança 
que apenas nos sabemos dancar ao som dos gritos
que projectamos num orgasmo perfeito
Neste extase que e para sempre